Filipa Laborinho apresentou recentemente a visão estratégica para a sustentabilidade e a ação climática do município de Oeiras durante o Congresso de Avaliadores Imobiliários (ASAVAL), este ano dedicado ao Tema “A Construção Sustentável e a Eficiência Energética na Avaliação”.

Filipa Laborinho foi oradora no painel dedicado a “Energia e Sustentabilidade” e destacou o Plano de Ação de Energia e Clima de Oeiras (PAECO 2030+), que coloca a adaptação e a mitigação das alterações climáticas no centro do ordenamento do território.
O PAECO 2030+ é uma estratégia territorial que considera todos os níveis de planeamento — municipal, intermunicipal e regional —, criando sinergias entre os Instrumentos de Gestão Territorial (IGT) para assegurar um desenvolvimento ordenado e adaptado às novas exigências climáticas.

Este plano visa a descarbonização, com o objetivo de reduzir em 70% as emissões de Gases com Efeito de Estufa até 2030 e alcançar a neutralidade carbónica em 2050.

Uma das principais iniciativas do PAECO 2030+ é a criação de corredores verdes contínuos que abraçam as linhas de água, estruturando um esqueleto verde que promove a biodiversidade e a sustentabilidade em meio urbano.

Estes corredores verdes contribuem para a melhoria da qualidade do ar, a gestão eficiente da água, o controlo de ruído e o conforto bioclimático, devolvendo ao território um ambiente mais saudável e atrativo.

Dois exemplos concretos desta estratégia são o Plano de Pormenor Norte de Caxias, que recebeu certificação ambiental de âmbito territorial, e a Unidade de Execução do Moinho das Antas, que promove a construção em altura para liberar espaço permeável no solo.

Estas iniciativas demonstram como a integração de soluções sustentáveis pode valorizar o tecido edificado e criar mais-valias para o território.

Oeiras também está a investir em infraestruturas de mobilidade sustentável, como a expansão da rede de transportes públicos e a implementação de sistemas de autocarros de trânsito rápido (BRT). Estas iniciativas visam reduzir a pegada ambiental e melhorar a acessibilidade, contribuindo para a valorização dos imóveis próximos e promovendo um desenvolvimento urbano mais sustentável.

A adaptação das zonas costeiras de Oeiras para enfrentar o aumento do nível médio das águas é outro elemento-chave do PAECO 2030+.

Este plano estabelece regimes de ocupação e uso do solo que protegem as praias e ribeiras, garantindo a segurança das populações e a resiliência dos investimentos.

A adaptação climática é vista como uma oportunidade para criar soluções e valorizar o setor imobiliário.

Filipa Laborinho desafiou o setor financeiro a trabalhar em estreita colaboração com os municípios para impulsionar o investimento em imóveis sustentáveis.

Em parceria com bancos e seguradoras, devem ser criados incentivos específicos para construções que atendam a rigorosos critérios de sustentabilidade e eficiência.

Estas iniciativas visam atrair investimentos que reforcem o compromisso dos municípios, em especial o município de Oeiras, com a sustentabilidade e garantam a resiliência do território.

A Vereadora do Partido Socialista concluiu destacando a importância de encontrar soluções realistas e impactantes para os desafios climáticos.

Oeiras está na vanguarda de um compromisso com o futuro, implementando políticas que melhoram a qualidade de vida das pessoas e promovem um desenvolvimento sustentável.

A colaboração com o setor financeiro e a integração de critérios sustentáveis nas avaliações imobiliárias são vistas como essenciais para alcançar uma verdadeira mudança global.