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Filipa Laborinho | Declaração Política de final de mandato

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Filipa Laborinho | Declaração Política de final de mandato

Leia a declaração política de Filipa Laborinho na última reunião do mandato autárquico 2021-2025

Chega ao fim mais um ciclo autárquico e inicia-se outro. Em breve, deixarei as funções que ao longo de cerca de 3 anos desempenhei em nome do Partido Socialista. Foi, para mim, uma honra poder servir a minha terra, em nome do meu partido de sempre.

Os que me conhecem sabem que entendo o exercício da política como uma ação benéfica e positiva, uma concorrência de ideias assente num debate esclarecido e respeitador das diferenças, compreendendo que o mundo não é preto nem branco, é diverso, tem uma multiplicidade de formas de o ver e de querer. 

Por isso, sempre defendi a importância de assumir funções executivas e de cooperar, encontrando os pontos comuns. Mas também sempre defendi e guiei-me pela necessidade de moderar o discurso, sobretudo num mundo cada vez mais fraturado, em que o discurso de ódio coloca a democracia em perigo.

Ao contrário de outros não promovo divisões, a fratura ou ódio, não uso meias-verdades ou até mentiras para alcançar os objetivos ou tornar o discurso mais apelativo pois esses são meios perigosos e que em nada contribuem para a melhoria do território e da vida das pessoas.

E sobretudo, quando abraço um projeto, faço-o de corpo e alma, entregando-me totalmente e com respeito pelas equipas e por todos os que colaboram. Foi assim que estive aqui. E foi também assim que senti que fui recebida por todos aqueles com quem trabalhei. Sinto um enorme orgulho no que fizemos, e fizemos muito.

Mesmo que haja quem não reconheça e quem finja que não existiu, ele fala por si e dou apenas alguns exemplos:

  • Terminámos o PAECO, uma plano essencial de adaptação e mitigação das alterações climáticas que coloca Oeiras na linha da frente dos municípios sendo um dos poucos que cumpre integralmente cinco principais requisitos para a neutralidade carbónica: Plano de Adaptação às Alterações Climáticas, Plano Municipal de Ação Climática, Estratégia de Energia, Compromisso de Neutralidade Carbónica, Estratégia para a Neutralidade Carbónica (como se pode verificar na avaliação anual da Get2), mas que também tem sido reconhecido por variadas entidades, desde a Bandeira Verde, ECOXXI até a Global Compact Portugal;
  • Ainda sobre esta matéria, realço os Balcões de Energia, um instrumento essencial de suporte e informação à população e tecido empresarial e associativo, ajudando a transição energética de uma forma próxima existindo um por freguesia;
  • Na sustentabilidade, aumentamos o posicionamento do município, e colocamos os ODS no trabalho transversal da câmara, fazendo hoje parte do seu normal funcionamento;
  • Envolvemos a comunidade jovem na discussão das temáticas da ação climática, realizando uma simulação anual da COP (conferência das partes) e levando jovens a conferência mundial em que os líderes globais discutem os passos as dar e fecham compromissos; aqui quero já agradecer a Irina Dias e ao Eduardo Alexandre pela forma como agarraram este desafio e o transformaram numa iniciativa única em todo o país, pelo menos!!!
  • Deixamos um plano de igualdade finalizado, que envolveu a câmara e várias entidades do território e que será um instrumento transversal para continuar o trabalho de construção de uma Oeiras cada vez mais igual. Aliás, neste mandato, estas temáticas passaram a ter uma grande visibilidade, mostrando que Oeiras é uma terra variada e respeitadora das diferenças, e sobretudo empenhada em dar voz a quem muitas vezes não tem;
  • E neste resumo, acabar com o que foi o início, a descentralização de competências do Governo para a autarquia. Foi o primeiro grande desafio quando assumimos responsabilidades e foi um desafio concluído com sucesso. Entre várias negociações foi possível concluir os processos garantido o compromisso financeiro nomeadamente para a recuperação dos centros de saúde, como já é visível no centro saúde de paço arcos.

E tudo isto, mais algumas coisas, foi possível porque houve confiança, uma confiança construída e alicerçada no trabalho, e na vontade de fazer por Oeiras.

Mário Soares dizia que “um político assume-se” e eu, assumidamente tenho de agradecer e destacar a forma como me senti sempre parte de uma vontade coletiva de fazer, de fazer o melhor, o melhor por Oeiras.

Agradeço a todo o executivo que me acompanhou, com quem trabalhei e com quem partilhei estes anos, que mesmo fazendo parte de forças políticas diferentes quando o assunto era trabalho por e para Oeiras, esteve sempre disponível para, em conjunto, encontrar as melhores soluções. Obrigada, Teresa, Armando, Pedro, Nuno, Carla, Susana, Joana e Francisco!

A ti Joana, desejo os maiores sucessos no novo desafio que abraçaste e que demonstra que as mulheres podem e devem sonhar em voar cada vez mais alto. A ti Carla, que também vais para outros voos, desejo o mundo, mas aquele que só tu sabes colorir com as tuas palavras que transformam as coisas em beleza e amor.

Em especial agradecer ao Presidente Isaltino Morais que abriu a porta a que outras forças políticas pudessem contribuir, que confiou áreas tão relevantes ao Partido Socialista e que, ao contrário do que por aí às vezes se ouve, sempre nos deu total liberdade de ação e nos deu os meios necessários para executar e levar a bom porto os projetos que quisemos implementar. E sobretudo esteve sempre disponível para ouvir, discutir e chegar a compromissos e soluções.

A democracia não se apregoa, faz-se e constrói-se na prática com ações concretas.

E faço estes agradecimentos sem medo das interpretações que poderão ser feitas do que digo. Faço-o de forma sincera e justa e com orgulho de ter trabalhado, em nome do PS, nas áreas que me foram confiadas. Com orgulho de não contribuir para o ruído mediático, mas antes de mostrar pela ação que vale a pena ser diferente e de que é possível trabalhar em conjunto. É o contributo de todos que possibilita uma visão mais representativa e por isso mais adequada à diversidade que compõe um território e as suas pessoas.

A oportunidade que tive foi também a oportunidade de o Partido Socialista mostrar trabalho, de mostrar capacidade e de cumprir o programa com o qual se candidatou. Foi o que tentamos fazer e essa foi a base do propósito de aceitar pelouros, mostrar que o PS se empenha nas soluções para as pessoas e para o território. E este trabalho que deixamos quero partilhar com o Rui Pedro Nascimento, que esteve comigo no gabinete da vereação e que foi essencial para os resultados que obtivemos. Foram anos de muito trabalho, muita aprendizagem, mas também de amizade e respeito em nome do partido socialista que nos uniu numa vontade de colocar as nossas ideias e os nossos valores ao serviço da comunidade. Obrigada, Rui!

Não posso também deixar de dar uma palavra ao António (apoio administrativo) e ao Fernando (motorista) que foram o suporte dos dias, que fizeram com que esta equipa se completasse e funcionasse melhor. Desde a saída de casa até ao regresso, ter o Fernando era a garantia de um dia que começa a rir. Obrigada pelos sorrisos, risos e até alguns abraços que fizeram a diferença.

Por último, quero agradecer aos trabalhadores da câmara municipal de Oeiras, em especial as equipas que me acompanharam, nas pessoas da Dra. Ana Oliveira e do Dr. Luís Afonso, do Arq. Luís Serpa e do Arq. Luís Batista Fernandes. Foi motivador trabalhar convosco e com todos os que fazem destas equipas um exemplo de trabalho e entrega a causa pública. Não poderia aqui nomear todos aqueles que fazem a diferença pois são muitos, em diversas áreas, os que mais perto ou mais longe deram suporte ao trabalho diário. Mas posso dizer que encontrei pessoas generosas, empenhadas, conhecedoras. Levo uma experiência única sinto uma enorme gratidão de todas e todos. São vocês que nos fazem ir mais longe, que nos impelem a dar o melhor de nós. Vocês são a prova de que a função pública tem uma importância extraordinária e que os funcionários públicos merecem um enorme respeito.

Despeço-me de todas e todos com um até já! 

Obrigada! Obrigada!